Exclusivo

Cinema

Cinema: um Paddington chato na Amazónia

No terceiro tomo da saga, Paddington descobre-se investido da cidadania britânica e de um guarda-chuva: sinais de integração na sociedade londrina, mas também do esgotamento do principal recurso humorístico dos filmes anteriores

Paddington viaja até ao seu país natal, o Peru, em busca da sua tia Lucy

À imagem de uma sequela como “Ainda Sei o Que Fizeste no Verão Passado”, o terceiro tomo da saga “Paddington” lança mão de uma estratégia usada por casais abastados em crise: passar férias num destino exótico, na esperança de que os problemas se diluam magicamente. No caso deste filme, o destino é a Amazónia peruana, e os problemas a resolver (ou a esconder) prendem-se com a falta de alma, graça e imaginação de um argumento que começa com um prefácio desconexo. Nele, o urso digital que dá nome à série descobre-se investido da cidadania britânica e de um guarda-chuva: sinais da sua integração na sociedade londrina, mas também do esgotamento do principal recurso humorístico dos dois filmes anteriores (que jogavam com a inadequação do protagonista ao décor).