A grande história que está por trás de “Furiosa — Uma Saga Mad Max” é a de um regresso a casa. Não há mais a dizer se for pedido que se reduza a sinopse a pele e osso. Neste quinto tomo da saga, Anya Taylor-Joy sucede a Charlize Theron no papel de Furiosa e apresenta-nos a origem da personagem antes do seu encontro com Mad Max, seu parceiro de aventuras, tal como as vimos no filme anterior, de 2015. Naquele que agora chegou às salas após receção apoteótica em Cannes (quatro mil pessoas aplaudiram-no de pé durante dez minutos no Grand Théâtre Lumière, o que não é façanha à altura de qualquer blockbuster...) é evidente que George Miller está a lidar com uma narrativa inspirada em Homero e no retorno de Ulisses a Ítaca; o regresso a casa é o projeto de toda uma vida para a heroína, a linha que jamais desaparece do seu horizonte.
Exclusivo
Conto mitológico com rufar de tambores: “Furiosa — Uma Saga Mad Max” é uma (espetacular) saga cinematográfica
Com Anya Taylor-Joy no papel principal, “Furiosa – Uma Saga Mad Max” é um casamento extraordinário entre o esplendor do espetáculo cinematográfico e as grandes questões que se colocam ao ser humano. Um filme de vingança, mas que coloca uma questão: será que ela nos faz falta?