Como um dos anteriores filmes de Kore-eda (“O Terceiro Assassinato”), “Culpado — Inocente — Monstro” organiza-se como uma lição de epistemologia perspetivista, que volta a ter como matriz o “Rashômon” de Kurosawa. De facto, o que aqui encontramos é um misto de thriller psicológico e melodrama passional, que procede por via de uma narrativa enrodilhada, onde uma mesma série de acontecimentos vai sendo filtrada pelos pontos de vista de várias personagens.
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Culpado, inocente ou monstro? Um drama japonês em espiral
Uma jovem viúva tenta compreender o estranho comportamento do filho de 12 anos, num filme que nos mostra, alternadamente, a perspetiva da mãe, do filho e do professor. Mais um filme sobre rejeição e construção de identidade pessoal, na obra do cineasta Hirokazu Kore-eda