Em 2020, Zeller estreou-se na realização com uma adaptação de “O Pai”: o segundo tomo de uma trilogia teatral da sua própria autoria, habitada por famílias a contas com problemas de saúde mental. Essa trilogia fornece também a matéria-prima textual de “O Filho”, que, apesar do seu título, volta a perfilhar o olhar de um pai.
Trata-se de Peter, um advogado nova-iorquino de meia-idade que, nas primeiras sequências, encontraremos a viver com a sua segunda mulher e o filho recém-nascido num apartamento pintado em tons tão neutros como entristecidos. A tranquilidade do seu quotidiano será abalada quando, inesperadamente, a sua ex-mulher lhe bate à porta com a notícia de que o seu filho de 17 anos (Nicholas) deixou de ir ao liceu e se tem mostrado impermeável a tentativas de diálogo.