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Cinema

Viola Davis é “A Mulher Rei”. Neste épico africano, é sobre ela que estão todos os focos (e o trabalho é pujante)

“A Mulher Rei” é um filme de ação de grande espetáculo e fundo histórico. Revela-se uma surpreendente ficção sobre o empoderamento feminino

Viola Davis é Nanisca, capitã do principal destacamento de combate do reino

Quem veja a embalagem — o cartaz, o trailer, o aparato promocional — percebe logo tudo: é um filme afro, centrado num grupo de guerreiras chefiadas por Viola Davis — ferocíssima — num tempo ainda de comércio negreiro. O combate, diz-se, é pela liberdade. O dispositivo é de grande produção americana, um épico para estreia quase simultânea por todo o lado, dos Estados Unidos à África do Sul, da Argentina a Taiwan. “A Mulher Rei” é um dos blockbusters deste outono.

Quem veja a embalagem percebe logo tudo? Engano. Porque aquilo que parece um filme de ação, com cimitarras e lanças, cheio de sangue e fúria, é outra coisa mais complicada. Entendamo-nos: não digo que o público esteja a ser ludibriado, com uma qualquer promessa de lebre e serviço de gato. Aliás, é mesmo o contrário, se se tratasse apenas de um filme de ação a promessa seria de gato e o que nos dão é lebre.