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Culturas

Missas, cantatas, Paixões e oratórias: um guia musical para a Páscoa

Escutamo-las como obras musicais, mas elas foram concebidas como instrumentos de culto numa época de jejum obrigatório para os fiéis que se preparavam e meditavam durante a Quaresma. De Mozart a Bach, das missas fúnebres às Paixões, uma história da música que documenta a Semana Santa. E um roteiro musical dos próximos dias de norte a sul

“A Deposição de Cristo” (c. 1603-04), peça de altar de Caravaggio

Durante a Semana Santa que obras de música sacra se escutam por esse mundo fora, de Lisboa, Paris, Londres e Amesterdão a São Paulo e a Melbourne? A escolha dos programas para interpretar é gigantesca, mesmo estabelecendo como balizas o período que vai do século XVI ao XIX. Os programas relacionam-se com o conceito de redenção do tempo e dos homens. Organizando um mundo de árias irresistíveis, de monumentais conjuntos instrumentais e corais, de recitativos soberanos, de formidáveis cadências e fugas desmesuradas, os crentes e não-crentes escutam missas fúnebres, as Paixões e as cantatas de Páscoa de J. S. Bach, “O Messias”, de Haendel, a oratória de Alessandro Scarlatti “Per la Passione di Nostro Signor Gesú”, Requiems de Mozart, Brahms, Verdi e Duruflé, “L’Enfance du Christ”, de Berlioz, as oratórias de Mendelssohn “Elias” e “Paulus”, e a “Grande Abertura da Páscoa Russa”, de Rimsky-Korsakov.