O legado das guerras liberais, ou, mais precisamente, da Revolução Liberal, ainda está presente nas nossas vidas, desde logo através dos nomes de ruas que cruzamos diariamente em Lisboa e noutros lugares — duque de Saldanha, Joaquim António de Aguiar, Mouzinho da Silveira, duque de Palmela, entre outros. Se de alguns aprendemos alguma coisa no tempo em que ‘dávamos’ as suas obras na escola — Almeida Garrett e Alexandre Herculano são os exemplos notórios —, de outros apenas sabemos, por assim dizer, onde ‘ficam’. E, no entanto, o esforço e o talento deles foram os agentes da transformação oitocentista que levou ao Portugal de hoje. Estudar a sua ação é não apenas aprofundar o nosso conhecimento das estruturas da sociedade moderna, mas tomar contacto com figuras extraordinárias que mereciam atenção biográfica desenvolvida e repetida, como lembra ao Expresso o historiador Rui Ramos.
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O que foi realmente a Revolução Liberal de 1820? 1600 páginas que tudo explicam
São “ensaios, não verbetes”: após anos de trabalho, chega o “Dicionário Crítico da Revolução Liberal”. Rui Ramos reflete sobre uma época que (re)fez Portugal