Na autoestrada costeira que liga Beirute à cidade de Saida, 45 quilómetros a sul da capital libanesa, o pilar de um dos viadutos foi pintado recentemente. Sobre um fundo azul, um rosto carismático destoa contra o cinzento do resto da estrutura. O negro das suas sobrancelhas e a tez morena e enrugada parecem emoldurados pelo branco uniforme do cabelo e da barba. É um mural de homenagem a Qassem Souleimani, o comandante que liderava a Força Quds, o braço externo da Guarda Revolucionária Iraniana. Souleimani foi morto em janeiro de 2020 num ataque de drone em Bagdade, ordenado pelo então Presidente americano Donald Trump.
Exclusivo
Os desígnios do Irão no Médio Oriente e no mundo
A guerra de Israel em Gaza trouxe à superfície o papel do Irão. Durante anos, o regime expandiu a sua influência, financiando diferentes milícias e grupos armados no Líbano, no Iémen, no Iraque e na Síria. Mas, à medida que as ações militares destes grupos se multiplicam, a possibilidade de uma colisão direta com Washington também aumenta