Quase 60% (59,4%) dos pais partilharam a licença de 150 ou de 180 dias com a mãe e ficaram, pelo menos, 30 dias com o seu bebé. Os dados, fornecidos ao jornal “Público” pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, são referentes ao período entre maio de 2023 e fevereiro de 2024.
No total, durante estes 10 meses, foram solicitados 58.630 subsídios parentais iniciais pelas mães e, em 34.832 casos, o pai partilhou a licença. Em anos anteriores os valores nunca tinham superado os 50%: em 2015 o valor era de 28,6%, 40% em 2019, e 45,8% em 2022.
Este recorde pode ser explicado pelas alterações legislativas que entraram em vigor em maio de 2023, uma vez que as mesmas incentivam a partilha através do pagamento de subsídios mais generosos.
Além disso, também há mais casais a aderir à licença parental alargada. Desde maio do ano passado, a Segurança Social concedeu 16.675 licenças alargadas, o que representa um aumento de 33% em comparação com a totalidade do ano de 2022. A maioria destas licenças, que permitem que o pai e a mãe fiquem mais três ou seis meses com as crianças após a licença inicial, foram requeridas pelas mães. No entanto, as licenças pedidas pelos pais também cresceram.