Revista de imprensa

ASAE investiga comercialização de azeite falsificado

Na Internet, nas feiras e nas mercearias têm sido vendidas mistura de 95% de óleo de girassol com 5% de corante. Este ano já foram instaurados 20 processos-crime, visando 18 retalhistas, três indústrias, dois embaladores e um armazenista

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a investigar, segundo o “Jornal de Notícias”, redes que produzem e comercializam azeite falsificado na Internet, nas feiras e em mercearias. Segundo a ASAE, o “acompanhamento e vigilância do produto desde a origem da azeitona que entra nos lagares e ajuntadores até à sua disponibilização ao consumidor final” tem sido intensificado.

Ao comércio têm chegado garrafas que, segundo o mesmo jornal, são uma mistura de 95% de óleo de girassol com 5% de clorofila (usada para atribuir a cor e a textura do azeite). Algumas são vendidas sem rótulo, mas noutras pode-se ler “azeite extravirgem”, “produto de Trás-os-Montes” ou “Alentejo”. Além da mistura de óleo com corante, alguns falsificadores usam bagaço de azeitona.

Um garrafão de cinco litros deste tipo de falsificação tem um custo de produção de cerca de sete euros, mas tem sido vendido — como azeite ­— por valores que vão desde os 15 aos 30 euros. A ASAE diz ter “definido como uma das suas prioridades operacionais o setor do azeite, dada a relevância deste produto para a economia portuguesa, bem como pelo consumo do produto no nosso país”.

O ano passado foram abertos quatro processos-crime por “fraude sobre mercadorias e géneros alimentícios falsificados”. Este ano já foram instaurados 20 processos-crime, visando 18 retalhistas, três indústrias, dois embaladores e um armazenista.