Revista de imprensa

Preço não será principal fator para a venda da TAP, garante Medina

A venda da TAP deve conseguir "assegurar os objetivos estratégicos que o Estado português definiu para esta privatização", disse Fernando Medina ao Eco. O preço não é o critério decisivo, alertou

NUNO BOTELHO

O preço será o fator menos importante no processo de decisão do Governo relativo a quem ficará com a TAP, garantiu o ministro das Finanças em entrevista ao jornal Eco divulgada esta quinta-feira, 26 de outubro.

A venda deve conseguir "assegurar os objetivos estratégicos que o Estado português definiu para esta privatização", disse Fernando Medina ao jornal. “Primeiro, crescimento da companhia; segundo, crescimento do hub nacional; terceiro, capacidade de atração para o nosso país de investimentos na área da aviação (…) quarto, o desenvolvimento das ligações ponto a ponto, utilizando os vários aeroportos nacionais que têm capacidade e que estão subutilizados e, por último, o preço”, explicou o governante.

Isto porque, para o Governo, “a TAP tem uma importância estratégica na economia” e é preciso “ter a garantia de que aquilo que é estratégico para o nosso país não desaparece e se desenvolve”, segundo Medina.

“A forma societária deve ser a que permite que essa garantia seja perene para o Estado português“, acrescentou o ministro ao Eco.

O ministro recusou falar de valores de venda da TAP.

Sobre o modelo escolhido pelo Governo que obrigará a compradora a desenvolver um hub da TAP em Portugal, “há fórmulas possíveis” de evitar infringir regras comunitárias de concorrência, disse Medina.

Uma delas implicaria “ponderar esse critério do ponto de vista das ofertas que os concorrentes irão fazer”. “Estou a falar do que é o cumprimento dos requisitos básicos do caderno de encargos e do que sejam as normas contratuais”, frisou.