Desde novembro de 2020, 463 vítimas de violência doméstica recorreram ao subsídio estatal destinado a apoiar a mudança de casa e a reestruturação da vida familiar. Segundo os dados da Segurança Social fornecidos ao “Jornal de Notícias”, do total de apoios 434 foram pedidos este ano. No ano passado, foram 29.
São as mulheres quem mais pede este apoio: no total 452 recorreram ao Estado nos últimos dois anos. A maior parte tem entre 35 e 55 anos. Há uma maior incidência de pedidos na região Norte (37%) e em Lisboa e Vale do Tejo (31%). O apoio médio é de 166 euros.
As associações que acompanham as vítimas defendem que tanto o valor desta licença como o tempo deveriam ser superiores. A “licença e subsídio de reestruturação familiar” é de dez dias. É “muito importante”, mas “insuficiente”, refere Ilda Afonso da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR). Recorde-se que este apoio está em vigor desde novembro de 2020.