Revista de imprensa

Operação Antídoto. Médicos e farmacêuticos detidos por fraude milionária no SNS

Há suspeitas da prática de crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de receitas e associação criminosa. O valor de prejuízo causado ao SNS é de cerca de um milhão de euros

George Frey/REuters

A Polícia Judiciária (PJ) lançou esta terça-feira uma megaoperação de combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que batizou como “Operação antídoto”. Até ao momento, foram detidos cinco médicos, um proprietário de uma farmácia e cinco outros indivíduos, com idades compreendidas entre os 40 e 79 anos de idade, anunciou a PJ em comunicado.

Há suspeitas da prática de crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de receitas e associação criminosa. O valor de prejuízo causado ao SNS é de cerca de um milhão de euros.

A PJ diz que estão em curso, em vários pontos do país, “buscas em consultórios médicos, estabelecimentos de saúde, domiciliárias, não domiciliárias”.

Estão em causa “vários padrões de atuação, que consistem na emissão de receituário manual, utilizando as exceções existentes para a sua prescrição e que permitem a sua comparticipação em 100% pelo SNS, além de receitas desmaterializadas, de valores muito elevados e com inúmeras unidades prescritas”, lê-se.

A 'Operação Antídoto' está a ser realizada por 110 elementos desta Polícia Judiciária, com a colaboração de vários elementos dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e do INFARMED, estando a dar cumprimento a 30 mandados de busca e 11 mandados de detenção.

As diligências estão a ser acompanhadas por três procuradores do DIAP de Sintra, na presença de dois Juízes do Tribunal Judicial da Comarca de Sintra.

Esta investigação é da responsabilidade da Unidade Nacional do Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

Notícia atualizada às 11h10