Revista de imprensa

BCE força Novo Banco a acelerar venda de malparado

O Banco Central Europeu quer que o Novo Banco reduza o crédito malparado este ano para 10%

António Ramalho - Novo Banco

O Banco Central Europeu quer que o Novo Banco reduza o crédito malparado este ano para 10%, de forma a aproximar-se mais rapidamente dos guidances da EBA – Autoridade Bancária Europeia, valor superior ao proposto pela própria instituição, avança o “Jornal Económico” esta sexta-feira.

A instituição liderada por António Ramalho apresentou um plano de redução do crédito malparado para este ano que ainda está a ser discutido com o supervisor europeu. Nesse plano, contudo, está previsto descer o rácio de Non-Performing Loan (NPL), ou de crédito não produtivo sobre o total do crédito, de 22,4% para 12% ou 13%.

Questionado sobre o assunto, o supervisor bancário disse “Económico” que “o rácio de NPL do Novo Banco é elevado e existe neste momento um agravamento das exigências regulatórias e de supervisão para a redução desse rácio, o que obriga a uma redução de ativos NPL”.

De acordo com o semanário, a posição do BCE explica, em parte, a velocidade com que o banco liderado por António Ramalho reduz os ativos problemáticos do seu balanço, dos quais a grande maioria é um legado do BES e está protegido pelo mecanismo de capital contingente do Fundo de Resolução (CCA – Contingent Capital Agreement). O Novo Banco decidiu acelerar o seu processo de restruturação, recorrendo ao Mecanismo de Capital Contingente (CCA).