Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer campanha de rua durante quatro dias - entre Lisboa, Porto e Celorico - embora ainda não saiba bem como. O Presidente/candidato tinha previsto visitar livrarias, instituições sociais, e andar pelos cafés - mas com o país em confinamento geral vai ter que encontrar alternativas. Estando as escolas abertas, é uma hipótese. Nada certo, para já.
O que se sabe é que o candidato prescinde dos tempos de antena na televisão e na rádio. Disse-o no dia em que anunciou a recandidatura e por estes dias comunicou-o aos orgãos de comunicação social que, por lei, estão obrigados a passar os tempos de antena dos candidatos.
Oficialmente, a razão invocada por Marcelo Rebelo de Sousa é evitar expôr uma disparidade entre as imagens da sua história recente como Chefe de Estado e as dos outros candidatos. O facto de Marcelo não ter estrutura de campanha e de sentir que o grosso da sua campanha está feita também terá contribuído.
Fechado o ciclo dos frente-a-frente que o candidato considera terem-lhe sido favoráveis, os dias escolhidos para dar um salto à rua são 19, 20, 21 e 22. A partir de dia 18, Marcelo sai do período de cautela profilática que lhe foi recomendado pelas autoridades de saúde após saber-se que tinha tido contacto, ainda que breve, com máscara e à distância, com um dos seus colaboradores em Belém que estava infetado com Covid. E no dia 19 arranca ao volante do seu carro.
No dia 20 já estará no Porto para um debate com Vitorino Silva no Porto Canal. Antes disso, terá uma semana em Lisboa com uma agenda mista de Presidente e candidato. Esta segunda-feira dá uma entrevista ao podcast de Daniel Oliveira. Na terça, tem reunião no Infarmed de manhã, recebe os partidos em Belém à tarde e à noite estará no debate com todos os candidatos presidenciais na RTP. E na quinta-feira dá uma entrevista à Antena Um.
No sábado, dia 16, será entrevistado pela Rádio Renascença. No dia 18, pela CMTV. E ainda tem na agenda uma entrevista à rádio Observador.
Preocupado com a abstenção, que o confinamento geral tenderá a agravar, Marcelo Rebelo de Sousa confia, no entanto, que os eleitores acabem por ir votar, aproveitando a possibilidade de desconfiamento permitida no dia das eleições.