“O meu maior adversário são os problemas dos portugueses e o fundamental é as pessoas irem votar. Votem em quem quiserem. Mas votem”. Numa declaração ao Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa identifica sua principal preocupação: evitar que a pré-campanha suave e cordata que ele próprio ajudou a fazer não tenha desmobilizado eleitores, deixando muitos deles em casa.
Combater a abstenção é o foco central dos 15 dias de campanha oficial que Marcelo amanhã inicia em Vila Real, terra de Pedro Passos Coelho.
Num formato absolutamente avesso ao tradicional, sem estruturas partidárias no terreno e com meios muito rudimentares, o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS prepara-se para mergulhar na rua em contactos pessoais. Mais do que discursos formais, Marcelo falará informalmente com as pessoas e conta com as televisões para fazer o resto.
Hoje, anda por Santarém e Coimbra onde visita associações de cariz social. Depois de ter dito numa entrevista ao Expresso que, se for eleito, será um Presidente da República “politicamente imparcial mas socialmente parcial”, Marcelo vai privilegiar o setor social na campanha.
Amanhã, terá um programa mais domingueiro, com uma visita à feira gastronómica do porco em Mirandela. Os contactos de rua terão um papel central no guião do candidato.