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IRS Jovem progressivo, IRC a meio caminho, aumentos de pensões e investimento na habitação: o que é a proposta "irrecusável" de Montenegro

O Governo abdica do modelo de descida do IRS Jovem e adota o de António Costa, acrescentando medidas que o próprio PS queria. No IRC, não deixa cair o modelo por completo, mas acrescenta medidas socialistas. Alexandra Leitão já disse que a proposta “não é irrecusável”, mas Fernando Medina considera que há uma “vitória do PS”. Pedro Nuno está em reflexão

José Fonseca Fernandes

O Orçamento do Estado para 2025 só será conhecido na quinta-feira, mas depois das propostas apresentadas por Luís Montenegro esta quinta-feira, o tronco das contas para o próximo ano já está praticamente feito. A margem para alterações, segundo disse o primeiro-ministro, é cada vez mais curta, mas Montenegro ainda admite “melhorar alguns aspetos” da contraproposta que entregou esta quinta-feira ao líder do PS, Pedro Nuno Santos, que ficou de ir “refletir”.

A reflexão começou logo na noite desta quinta-feira, com vários dirigentes socialistas reunidos na sede do partido para começar a analisar a contraproposta. O líder do PS não quis falar, mas à saída a líder parlamentar, Alexandra Leitão, disse que a proposta do Governo “não é irrecusável”. Quase à mesma hora, no canal Now, Fernando Medina dizia que o Governo “fez um esforço sério de aproximação” ao PS, mas que ainda há muita negociação. “Estamos no bom caminho para a viabilização do Orçamento do Estado”, afirmou o ex-ministro das Finanças, ainda que a proposta não seja suficiente. "É uma vitória do PS, não tenho dúvidas”, disse.