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Montenegro põe pressão sobre polícias (“nem mais um cêntimo”) e afasta vontade de eleições antecipadas

Líder do PSD encerrou as jornadas parlamentares do partido, mas com discurso na pele de primeiro-ministro. Deixou avisos para comentadores, oposição, em especial o Chega, e para polícias. E uma garantia, sobre o tema lançado por Cavaco Silva: “Não estou preocupado com a duração da legislatura”

RODRIGO ANTUNES

Nem mais um cêntimo” para os polícias além do prometido é a frase que fica nos ouvidos dos deputados do PSD que receberam com aplausos Luís Montenegro esta manhã em Sintra, mas não é a única com peso político para as próximas semanas e meses. O primeiro-ministro encerrou as jornadas parlamentares do PSD enquanto líder do partido embora com um discurso feito na pele de chefe de Governo e carregado de avisos.

Uns foram para os comentadores e jornalistas políticos, vários para a oposição, e ainda um mais direto para as forças de segurança, grupo profissional com quem o Governo tem negociado o aumento do suplemento de missão (sem sucesso). “Estamos disponíveis para acertos no acordo, não nos valores”, avisou Montenegro, porque o Governo já fez “um esforço medonho” e “não vai colocar nem mais um cêntimo”. Frase proferida nas vésperas de o tema ir ao plenário da Assembleia da República pelas mãos do Chega e depois de André Ventura ter apelado a uma mobilização dos polícias para o Parlamento como forma de pressionar o Governo.