Governo

Governo de Montenegro reúne-se pela primeira vez na Concertação Social

A agenda oficial da reunião indica que serão abordados "outros assuntos", além da apresentação de cumprimentos institucionais, sem detalhar um tema em concreto

Luís Montenegro depois do primeiro encontro do Conselho Europeu enquanto primeiro-ministro de Portugal
OLIVIER HOSLET

O Governo e os parceiros sociais reúnem-se hoje na Concertação Social, formalizando o primeiro destes encontros com o novo executivo, que conta com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

A agenda oficial da reunião indica que serão abordados "outros assuntos", além da apresentação de cumprimentos institucionais, sem detalhar um tema em concreto.

Esta será, assim, a primeira vez que as confederações patronais e as centrais sindicais vão estar sentadas à mesa da Concertação Social com o novo Governo, num encontro em que, além de Luís Montenegro, estará também a ministra da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho.

Numa intervenção no parlamento durante um debate sobre a situação laboral de estafetas e motoristas das plataformas digitais, realizado a pedido do Bloco de Esquerda, em 18 de abril, Maria do Rosário Ramalho afirmou que o Governo não tem uma "filosofia persecutória" em relação ao modelo de negócios das plataformas digitais, adiantando que pretende rever na Concertação Social a presunção de laboralidade dos estafetas.

Nesse debate, a ministra disse ainda que "o Governo vai retomar o diálogo com a Concertação Social que foi negligenciada no passado". "Impõe-se que o deixe de ser", afirmou.

A presunção de laboralidade dos estafetas consta da alteração ao Código do Trabalho conduzida pelo anterior governo e produzida através da Agenda do Trabalho Digno, sendo que, no seu programa, o executivo liderado por Luís Montenegro indica que pretende "revisitar" as alterações laborais aprovadas no âmbito daquela agenda.

Esta reunião da Concertação Social é também a primeira desde que, no final de fevereiro, Tiago Oliveira sucedeu a Isabel Camarinha como secretário-geral da CGTP.