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Na hora da despedida, Costa deixa futuro político em aberto

A despedida do primeiro-ministro foi atropelada pela atualidade. Numa conferência de imprensa esta manhã em São Bento, António Costa falou dos “resultados” de oito anos atravessados por quatro crises, assumiu que tem razões de queixa da justiça e avisou que o excedente é bom, mas pode não dar tanta margem quanto parece. Questionado sobre cargos futuros remeteu para condições no cargo passado

José Fernandes

Quando se demitiu em novembro, as nuvens que pairavam sobre a cabeça de António Costa eram tão negras que não via no “horizonte” próximo a possibilidade de ter um futuro político a breve trecho. Esta quarta-feira, numa conferência de imprensa de despedida em São Bento, não quis repetir a frase que disse naquela altura e que pôs um ponto final na carreira política enquanto decorre o processo na justiça. Será que pode ser um ponto e vírgula?

“Do ponto de vista ético e institucional entendo que quem está numa situação de suspeição pública não pode obviamente manter-se nas funções que exerci”, respondeu, falando para o passado, quando questionado sobre o seu futuro.