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Medina faz contas a redução maior de IRS

Desta vez não foi Costa, mas Medina, a dar ‘boas novas’: fim das cativações e mais apoios. No OE, o Governo quer um fôlego

Fernando Medina, ministro das Finanças
nuno fox

“Desta vez ficou combinado assim”, diz uma fonte governamental ao Expresso, pelo que as boas notícias vieram em dose dupla não pela boca do primeiro-ministro, que estava em Timor-Leste, mas do seu ministro das Finanças, Fernando Medina, um potencial candidato à sucessão na mesma linhagem: primeiro uma entrevista ao jornal “Público”, confirmando que o IVA zero vai ficar até ao fim do ano (e que ainda pode vir a aplicar-se em 2024), mas também que serão prolongados por mais uns meses os apoios na energia e que virão mais apoios aos mais aflitos com a subida do crédito à habitação. Depois, à noite, uma outra entrevista à RTP3, onde Medina punha uma pedra sobre um duro símbolo da austeridade em versão socialista: as cativações acabarão em 2024.

No PS há quem duvide que a promessa seja inteiramente cumprida (“haverá sempre um mecanismo qualquer”), e também quem anote a Medina que não deixe de reforçar os serviços públicos de Saúde e Educação — o deputado Pedro Delgado Alves disse-o na SIC-Notícias. Mas a aposta do núcleo duro do Governo é outra: fazer da anunciada redução de IRS (os mil milhões previstos no Programa de Estabilidade até 2026) uma redução maior ainda.