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Presidenciais 2026

Seguro, o socialista “puro” que a “direita gosta” e que quer chegar a Belém

António José Seguro apresenta esta tarde a candidatura à Presidência da República, nas Caldas da Rainha. Ex-líder da JS, deputado, eurodeputado, ministro, guterrista e antigo secretário-geral do PS, diz que não vem da política "tradicional". O interregno de dez anos e o facto de ter estado longe de Costa e de Sócrates no passado recente do PS chegam para lhe dar o carimbo de suprapartidário?

Nuno Botelho

Tudo começou com um jornal, A Verdade de Penamacor. António José Seguro entrava na adolescência quando o país entrava na democracia e foi a escrever artigos “incómodos” naquela vila do distrito de Castelo Branco que teve o seu primeiro contacto com a vida cívica. “Um dia, o meu pai disse-me que o diretor das Finanças, o senhor Quaresma, lhe tinha dito que havia pessoas incomodadas com as notícias do jornal, que o jornal já tinha muita divulgação, e que era preciso legalizá-lo”, conta no preâmbulo do livro “Compromissos com o Futuro”, editado em 2011, com base em artigos que escreveu no Expresso durante os três anos em que foi colonista. Como nem ele nem os primos eram maiores de idade, foi preciso pedirem a duas amigas, a Carlota e a Gabriela, para assumirem funções na direção do jornal. Com uma condição: “não interferirem no conteúdo editorial do jornal”.