A desconfiança dos portugueses nos partidos políticos, uma das mais elevadas da Europa, começa a refletir-se nas sondagens, através da preferência manifestada pelo almirante Gouveia e Melo — um não político de farda — e na consolidação do eleitorado de André Ventura, um político antipolíticos, como manda a cartilha populista. Na sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC publicada há uma semana, os potenciais concorrentes com perfil partidário, como António José Seguro e António Vitorino (ambos do PS) e Luís Marques Mendes (PSD), apresentaram resultados sofríveis de intenções de voto, dos 13% aos 15%, metade ou menos do que valem os respetivos partidos. O apoio partidário parece ser cada vez menos um trunfo.
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O que nos dizem as sondagens? Que há uma “revolução” em curso que os partidos não perceberam
Portugueses são dos que mais desconfiam dos políticos e sondagens mostram dificuldades para os candidatos mais associados aos partidos