“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, já escrevia Camões. Depois do famoso almoço entre Rui Rocha e Luís Montenegro, em maio, que abria a porta a um entendimento pós-eleitoral e após a marcação cerrada do presidente da Iniciativa Liberal (IL) durante a campanha para que o presidente do PSD respondesse aos desafios por si lançados nos últimos quinze dias e no duelo televisivo com um caderno de encargo de 10 pontos, os liberais colocam-se agora fora da equação face aos resultados das eleições de domingo.
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Nem Governo, nem acordo parlamentar: liberais querem avaliar propostas da AD “caso a caso”
No rescaldo das eleições, a IL olhou com maior atenção para os resultados e a nova aritmética parlamentar e está mais inclinada a decidir caso a caso o sentido de voto das propostas da AD no Parlamento. Mas confia que o canal de diálogo mantém-se aberto entre os dois lados, unidos pela mesma vontade de manter os socialistas longe do poder