Exclusivo

Legislativas 2024

Menos habilitações, mais pobreza e desigualdades, mais imigração e trabalho precário: retrato do Algarve, a região onde o Chega venceu

Quase um quarto da população no Algarve tem nacionalidade estrangeira e vários concelhos têm as maiores percentagens de imigrantes no país. A região tem níveis de escolaridade baixos e, ano após ano, a pobreza fica acima da média: 19% viviam com menos de €591 por mês em 2022. Mas esta é também uma das regiões com maior desigualdade entre ricos e pobres. Mais trabalho sazonal e contratos a prazo caracterizam o mercado de trabalho. E a falta de habitação já está a “limitar a contratação e fixação de mão-de-obra”


População

A região do Algarve tem 16 concelhos e 471 mil habitantes, o que, em termos comparativos, é menos do que os residentes no município de Lisboa (545 mil). Nos últimos cinco anos, a população teve um crescimento significativo (2,9%), bem acima da média nacional (1,1%) e há concelhos algarvios, como Vila do Bispo, Aljezur, Silves, Lagoa e São Brás de Alportel, onde esse crescimento superou os 5%.

Comparando com o resto do país, a região do Algarve é ligeiramente mais jovem: 14% da sua população tem menos de 15 anos. Portimão e Olhão são mesmo os que têm mais crianças, ajudando a compensar a realidade mais envelhecida de outros concelhos algarvios mais interiores, como Alcoutim, Castro Marim ou Monchique.