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Legislativas 2024

“Vencer é ter mais um voto”: Montenegro tem “expectativa fundada” de formar um Governo que PS e Chega não se aliem para derrubar

Noite começou com entusiasmo por previsível vitória, que foi encolhendo. Ataque de ativistas do Climáximo gerou tensão. AD acabou a cantar vitória, mas a pedir “responsabilidade” para poder governar. Apelos de Montenegro ao voto útil sem efeito esperado, Chega quadruplicou bancada. E ADN causou embaraço

Rui Duarte Silva

Ouviram-se muitos gritos de vitória, mas o que se sentiu esta noite no quartel-general da AD dificilmente pode ser descrito como um cenário de euforia. A noite começou com entusiasmo, que o secretário-geral Hugo Soares tentou refrear (“são apenas projeções”), teve momentos de dúvida (e um ataque com tinta) e terminou com Luís Montenegro a proclamar vitória, porque “vencer é ter mais um voto”.

No entanto, talvez uma das frases que melhor defina o que saiu desta noite seja a que Carlos Carreiras disse ainda antes de conhecidos os resultados finais. “Se tivesse que resumir, estamos num imbróglio.” Montenegro tentou tornar simples: tem a “expectativa fundada” de ser chamado por Marcelo Rebelo de Sousa para formar Governo, tem uma maioria relativa na mão e tem também a “expectativa que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para impedir o Governo da AD”.