Ouviram-se muitos gritos de vitória, mas o que se sentiu esta noite no quartel-general da AD dificilmente pode ser descrito como um cenário de euforia. A noite começou com entusiasmo, que o secretário-geral Hugo Soares tentou refrear (“são apenas projeções”), teve momentos de dúvida (e um ataque com tinta) e terminou com Luís Montenegro a proclamar vitória, porque “vencer é ter mais um voto”.
No entanto, talvez uma das frases que melhor defina o que saiu desta noite seja a que Carlos Carreiras disse ainda antes de conhecidos os resultados finais. “Se tivesse que resumir, estamos num imbróglio.” Montenegro tentou tornar simples: tem a “expectativa fundada” de ser chamado por Marcelo Rebelo de Sousa para formar Governo, tem uma maioria relativa na mão e tem também a “expectativa que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para impedir o Governo da AD”.