Rui Tavares chegou sorridente ao Teatro Thalia. E não era para menos: tinha conseguido alcançar com distinção o objetivo de ter um grupo parlamentar. Nem as melhores sondagens tinham dado ao partido um resultado tão expressivo. O sabor agri-doce viria no fim da noite: a vitória do Livre servirá de pouco num Parlamento muito partido, sem maioria de esquerda, como queria.
No último dia de campanha, o porta-voz do Livre tinha antecipado aquilo que se veio a confirmar: esteve entre os partidos que mais cresceram, percentualmente falando. De 1,2% de votos em 2022, passou a 3,3%, ou seja, quase triplicou. Nos deputados eleitos o feito ainda foi maior, quadruplicou. Primeiro elegeu Jorge Pinto, pelo Porto. Depois o até então deputado único (e porta-voz) Rui Tavares, por Lisboa. Depois, Isabel Mendes Pinto, pelo mesmo círculo eleitoral. E ainda Paulo Muacho, por Setúbal.