O Epic Sana, em Lisboa, onde está instalada a AD para a noite eleitoral deste domingo, viveu um momento de tensão, cerca das 21h45: a fachada foi atacada com tinta vermelha e vários apoiantes acorreram à entrada do hotel para perceber o que se passava. Um grupo de quatro jovens da organização Climáximo gritava “fim ao fóssil” enquanto atirava bolas de tinta à entrada e alguns potes de fumo. O cheiro rapidamente invadiu o lobby do hotel.
No momento do ataque, vários seguranças do hotel e a PSP, que faz a segurança desta noite eleitoral da AD, detiveram os ativistas, que foram levados para uma carrinha da PSP. Vários apoiantes da AD, sobretudo jovens, saíram em resposta aos ativistas entoando cânticos da campanha da coligação.
As conversas no quartel-general da AD, que estavam a ser sobre as projeções e a hipótese de vitória, viraram-se para a crítica aos ativistas. Ao mesmo tempo, os funcionários do hotel carregavam baldes de água e iniciavam a limpeza do espaço. No entanto, como alguma da tinta atravessou a porta de entrada, o hall continuou repleto de vermelho.
"Não quero viver num país onde o fascismo, a extrema-direita, a violência contra todos nós vai aumentar (...) Nós estamos do lado certo da história", disse uma das ativistas perante os jornalistas, rodeada de polícias, antes de ser colocada na carrinha.
A Climáximo reivindicou, entretanto, o protesto, dizendo que quatro pessoas foram detidas durante a ação.
O porta-voz da PSP disse à Lusa que quatro ativistas, dois homens e duas mulheres, foram levados para esquadra, onde foram identificados e em breve vão ser libertados.
Sérgio Soares afirmou ainda que a PSP apreendeu um balde de tinta e uma faixa.