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Legislativas 2024

No comício em que Pedro Nuno jogou em casa, Vitorino entregou-lhe um Óscar e falou aos eleitores do Chega

Maria do Rosário Gama entregou a Pedro Nuno mais argumentos para a conquista dos pensionistas. Vitorino tentou ir aos que entregam o protesto ao Chega. O líder do PS insistiu (pela enésima vez) no voto das mulheres. Sem resposta, ficou o apelo para discutir a justiça, que causou a queda do Governo de António Costa

TIAGO MIRANDA

As sondagens continuam a afastar o Partido Socialista de uma vitória no próximo domingo, pelo menos uma vitória individual, mas Pedro Nuno Santos continua a passar para fora a imagem de que a rua está a dar uma resposta diferente.

“Viram a arruada em Santa Catarina? A nossa e a deles? Viram a diferença? Percebem com quem está o povo português?”, questionou aos jornalistas o candidato socialista à porta do centro de congressos, em Aveiro, o local para onde estava agendado o comício do seu círculo eleitoral. Falava das arruadas do PS e da AD que aconteceram na Rua de Santa Catarina, no Porto, esta quinta-feira. “Vocês viram, na rua, a diferença entre as pessoas que estavam connosco e as pessoas que estavam com a AD?”

Foi assim, assumindo-se galvanizado pela rua e desdramatizando as sondagens, que Pedro Nuno Santos entrou na sala em que voltou a ter colo: a sua mãe estava presente, bem como o seu pai, a quem deu um abraço emocionado neste penúltimo comício da campanha eleitoral. A emoção no discurso em Aveiro já tinha acontecido em 2022, quando teve lugar o discurso das gaspeadeiras, trabalhadoras com “mérito” da indústria do calçado de São João da Madeira (em que se integra o negócio do seu pai), nas legislativas de então.