Depois de uma primeira semana com maiores dificuldades em mobilizar nas ruas, a campanha comunista aumentou o ritmo e terminou com casa cheia a Norte. Foram 15 dias com muitas cidades visitadas, muitos quilómetros feitos e muitos “esclarecimentos e contactos”. Assim como a campanha (e o seu líder), também o apelo ao voto esteve em crescendo e atingiu o seu pico esta sexta-feira. No comício no Porto, Paulo Raimundo virou-se diretamente para os “indecisos” e até para quem não concorda com o partido “nesta ou naquela questão”. “O que nos une a todos é muito mais importante que esta ou aquela matéria que nos separa”, disse sem especificar do que se tratava.
O entendimento com o PS afastou alguns dos eleitores comunistas, também a posição quanto à guerra da Ucrânia não gerou consenso. Ciente de que todos os votos contam, Paulo Raimundo apelou agora à unidade e a todos que não querem ver uma nova redução da bancada parlamentar comunista – o PCP perdeu deputados em 2019 e em 2022. “Dirigimo-nos a muita gente que votou noutros partidos, que votaram na CDU e deixaram de votar. Mesmo esses, sabem que independentemente desta ou daquela questão que não concordam, o que nos une para contribuir para uma vida melhor é muito mais importante”, vincou.