Exclusivo

Legislativas 2024

CDU fecha campanha com apelo ao voto de quem “não concorda com tudo” e confiante de que irá “crescer”

No último dia de campanha eleitoral, nem a chuva intensa desmobilizou os comunistas. Paulo Raimundo aproveitou as horas finais para apelar diretamente aos “indecisos” e àqueles que não concordam com “esta ou aquela questão”. De sala cheia, o líder comunista garantiu que o partido irá “crescer” na noite deste domingo

Desfile CDU no Porto com Paulo Raimundo, João OLiveira, Mariana Silva e Alfredo Maia
Ana Baiao

Depois de uma primeira semana com maiores dificuldades em mobilizar nas ruas, a campanha comunista aumentou o ritmo e terminou com casa cheia a Norte. Foram 15 dias com muitas cidades visitadas, muitos quilómetros feitos e muitos “esclarecimentos e contactos”. Assim como a campanha (e o seu líder), também o apelo ao voto esteve em crescendo e atingiu o seu pico esta sexta-feira. No comício no Porto, Paulo Raimundo virou-se diretamente para os “indecisos” e até para quem não concorda com o partido “nesta ou naquela questão”. “O que nos une a todos é muito mais importante que esta ou aquela matéria que nos separa”, disse sem especificar do que se tratava.

O entendimento com o PS afastou alguns dos eleitores comunistas, também a posição quanto à guerra da Ucrânia não gerou consenso. Ciente de que todos os votos contam, Paulo Raimundo apelou agora à unidade e a todos que não querem ver uma nova redução da bancada parlamentar comunista – o PCP perdeu deputados em 2019 e em 2022. “Dirigimo-nos a muita gente que votou noutros partidos, que votaram na CDU e deixaram de votar. Mesmo esses, sabem que independentemente desta ou daquela questão que não concordam, o que nos une para contribuir para uma vida melhor é muito mais importante”, vincou.