“Vivemos num país democrático e só vota no Chega quem quer!” A política é tema de conversa entre as duas mulheres que atravessam rapidamente o parque no jogging matinal. Vota quem quer e as sondagens dizem que podem vir a ser muitos. Até no distrito de Setúbal, terra de tradições de esquerda, onde o PCP já dominou e, no pós-25 de Abril, liderava as 13 autarquias do distrito. Mudaram-se os tempos e os votos. Vários estudos colocam o Chega como a segunda força política no distrito, quase a par do PS, relegando a CDU quase para o fim da tabela numas legislativas em que o círculo elege mais um deputado – passa de 18 para 19.