A três dias do fim da campanha, Luís Montenegro vira agulhas da estratégia ao centro e parte agora em busca do eleitorado que vota, ou pensa votar, no Chega. Na mesma altura em que André Ventura tenta lançar a confusão no PSD sobre a cerca sanitária, Montenegro responde com um apelo aos eleitores de Ventura mais claro e de maior dimensão do que alguma vez havia feito.
Não só nomeou pela primeira vez o partido nesta campanha - “já chega de Chega”, mas “Chega não é uma palavra proibida” - como, mais do que piscar o olho, falou ao coração desses eleitores. “Eu respeito” quem votou ou pensa votar no partido de Ventura, “eu sei que essas pessoas não são extremistas, nem racistas, nem xenófobas”. Com as sondagens a darem um empate técnico entre PS e PSD, ainda que com vantagem para a AD, Montenegro quer esticar o seu eleitorado absorvendo e secando o de Ventura.