Exclusivo

Legislativas 2024

ASJ, GMR, GAC, PRT, LCI, PSR, PST, LST, FER, BE… a longa história de dissidências e fusões que desemboca na guerra pelo pequeno partido MAS

Entalado numa luta entre Gil Garcia e Renata Cambra, o Movimento Alternativa Socialista ficou fora das legislativas de 10 de março. Essa zanga é só uma de muitas na história da esquerda radical portuguesa, que só conseguiu ter deputados únicos com a UDP e grupo parlamentar quando convergiu no BE

Símbolos de vários partidos que nasceram de fusões e dissidências uns dos outros
D.R.

Nas eleições do próximo domingo faltará no boletim de voto um partido que tinha intenção de concorrer. Trata-se do Movimento Alternativa Socialista (MAS), que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa impediu de ir a votos, no passado dia 7 de fevereiro, devido à disputa entre Gil Garcia e Renata Cambra, as suas duas figuras mais conhecidas. A contenda é uma de muitas no historial da esquerda radical portuguesa, de que revisitaremos em parte neste texto.

Cambra e Garcia reclamam a liderança do pequeno MAS. Ela avançou com a candidatura às legislativas, mas João Pascoal, militante aliado do rival Garcia, queixou-se à justiça de que a mesma era falsa, pois a legítima direção do partido decidira não entrar neste ato eleitoral. Cambra recorreu para o Constitucional, que deliberou não se pronunciar, por considerar que o recurso deveria ter sido interposto junto do tribunal que travou a candidatura do MAS.