Nas eleições do próximo domingo faltará no boletim de voto um partido que tinha intenção de concorrer. Trata-se do Movimento Alternativa Socialista (MAS), que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa impediu de ir a votos, no passado dia 7 de fevereiro, devido à disputa entre Gil Garcia e Renata Cambra, as suas duas figuras mais conhecidas. A contenda é uma de muitas no historial da esquerda radical portuguesa, de que revisitaremos em parte neste texto.
Cambra e Garcia reclamam a liderança do pequeno MAS. Ela avançou com a candidatura às legislativas, mas João Pascoal, militante aliado do rival Garcia, queixou-se à justiça de que a mesma era falsa, pois a legítima direção do partido decidira não entrar neste ato eleitoral. Cambra recorreu para o Constitucional, que deliberou não se pronunciar, por considerar que o recurso deveria ter sido interposto junto do tribunal que travou a candidatura do MAS.