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Legislativas 2024

Há uma luta à esquerda que se faz de mansinho: amigos, amigos, voto útil à parte

Ao virar da campanha, Pedro Nuno ensaiou um apelo à concentração de voto no PS e deixou os possíveis parceiros a resistirem, mas sem ataques cerrados. O objetivo é conseguirem formar uma maioria no pós-10 de março, mas debaixo da primeira camada, há uma luta pelo voto de esquerda

Mariana Mortágua no comício em Setúbal
Antonio Pedro Ferreira

O primeiro objetivo dos quatro partidos do PS para a esquerda é conseguirem uma maioria e estão apostados em engordá-la nesta última semana de campanha. Para isso não pode haver agressividade ou mostras excessivas de animosidade, apesar das divergências, que afugente os eleitores. Depois, cada um por si. Por isso, o pedido de "concentração" de voto no PS, feito logo de manhã por Pedro Nuno Santos, não provocou reação demasiado hostil, antes réplicas a pedirem a toda a esquerda que se concentre em conseguir ter o melhor resultado possível. Missão: derrotar a direita (toda junta ou ter maioria maior que a direita democrática).