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Legislativas 2024

“Comeram a praia e não querem o povo lá”: BE navegou até Tróia contra “mar de cimento” dos resorts de luxo

A caravana do Bloco de Esquerda atravessou o Sado de ferry para denunciar a “concertação” que está a impedir o acesso da população às praias. Está em causa “um modelo de desenvolvimento” que “canibaliza” o território, disse Mariana Mortágua (que respondeu ainda aos “aspirantes a Bolsonaro” que tentam pôr em causa as eleições)

Joana e Mariana Mortágua no ferry que liga Setúbal a Tróia
João Relvas

“Onde era esta praia é agora uma marina que é para alguém, mas não é para as pessoas de Setúbal.” Munidos de uma fotografia a preto e branco com várias décadas, Jaime Pinho e Fernando Pinho acompanharam Mariana Mortágua na travessia do Sado para lhe falar do que já foi Tróia e do “paradoxo” que os setubalenses vivem atualmente. “Tudo à volta é praias, mas não conseguimos ir a lado nenhum. É só barreiras, barreiras, barreiras”, queixam-se.

Embarcados num ferry, a caravana do Bloco de Esquerda foi até Tróia para denunciar o que apelida de um “mar de cimento” trazido por resorts, que transformaram uma “praia popular” num local “reservado para quem tem dinheiro”. “Comeram a praia e não querem o povo lá. Queremos que ajudes o povo de Setúbal a ter o direito a ir para Tróia”, pedem os ativistas.