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Legislativas 2024

Ventura imita Trump e Bolsonaro para lançar desconfiança sobre processo eleitoral

O líder do Chega usa as estratégias da extrema-direita estrangeira e arma a confusão no dia em que o financiamento do partido esteve sob fogo. André Ventura lança suspeitas sobre o processo eleitoral nas comunidades portuguesas, e diz que é para beneficiar o PS e o PSD. Ainda imita os homólogos num ataque ao "Financial Times", que chamou de “lixo”, e fez comentários homofóbicos ao grupo Fado Bicha.

José Fernandes

No mesmo dia em que teve de se justificar por causa dos financiamentos do Chega, e num momento em que nenhum dos principais líderes lhe responde aos sucessivos desafios, André Ventura jogou uma cartada radical e de risco, seguindo a escola da extrema-direita estrangeira: lançar dúvidas e desconfianças no eleitorado sobre o processo e os resultados eleitorais.

Precisamente a meio da campanha, e quando a subida nas sondagens estancou e o Chega começa cair (como no estudo ICSTE/ICS para a SIC e o Expresso) o líder do partido passou ao ataque com uma estratégia e argumentos que se assemelham ao que Trump fez nos Estados Unidos e Bolsonaro no Brasil, alegando manipulação do processo a favor do PS e do PSD nos círculos do estrangeiro.