André Ventura fez um apelo original, mesmo para um líder populista. Até os partidos de protesto costumam apelar ao voto construtivo, porque têm um projeto para apresentar ao país, mas desta vez o líder do Chega assumiu o apelo direto ao “voto de protesto” num discurso em Vila Real, esta quarta-feira. Depois de ter escalado na classificação da AD - que passou de “albergue espanhol” antes de jantar para “prostíbulo espanhol” à sobremesa - Ventura apelou à indignação dos eleitores “cansados” da corrupção e de 50 anos de “tachismo” de PS e PSD.
“Ouvimos todo o dia dizer ‘voto útil no PS’. E que ‘não pode haver voto de protesto’, como disse Luís Montenegro”, apontou André Ventura. “O voto de protesto não é nada de dispiciendo e desprezível! O voto de protesto é um país cansado de ser roubado e de andar há 50 anos a trabalhar para sustentar quem não quer fazer absolutamente nada”, exaltou-se no púlpito o líder do Chega.