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Defesa

Empresa neerlandesa assedia militares dos caças F-16 para trabalhar na Roménia

Portugal vendeu F-16 à Roménia e agora os técnicos do upgrade são procurados pelo mercado internacional

António Costa numa visita à base de Monte Real
D.R.

Menos de um mês após o regresso da missão de policiamento aéreo da NATO na Lituânia — onde os pilotos portugueses intercetaram mais de 45 aeronaves russas —, uma parte dos 82 elementos dessa equipa e o resto do pessoal técnico da esquadra dos F-16 de Monte Real estão a ser assediados por uma empresa holandesa para irem trabalhar para o estrangeiro. A Deadalus, especializada em fornecer engenheiros e técnicos para a manutenção dos jatos norte-americanos F-16, está a convidar os especialistas da Força Aérea Portuguesa para uma reunião a 31 de agosto, num hotel na Praia da Vieira, entre a Marinha Grande e as Caldas da Rainha, para “apresentar a empresa” aos militares “e explicar todos os detalhes de um novo projeto na Roménia, bem como de outros projetos na Europa”.

A mensagem da empresa, que tem circulado pelo WhatsApp dos militares de Monte Real, diz que “a Daedalus está atualmente a recrutar todos os tipos de técnicos de F-16 (chefes de tripulação, aviónicos, sistemas, armas, logística, etc.)” e assume que gostariam “de encontrar o maior número possível de indivíduos interessados, de preferência (mas não limitado a) pessoas que estejam disponíveis em breve”. O Expresso contactou a empresa, mas não recebeu respostas até ao fecho da edição.