A Economia chuta para as Finanças, as Finanças chutam para a Economia, e António Costa, que deixou o ministro da Economia sozinho a apresentar o pacote de medidas de apoio para as empresas, chuta para canto. Em jeito de pré-anúncio, o ministro da Economia desdobrou-se este fim de semana em declarações a pressionar as Finanças para uma redução “transversal” do IRC para as empresas, mas o desejo de Costa Silva vai contra tudo o que o PS e António Costa disseram na campanha eleitoral e deixou os socialistas de cabelos em pé.
Ao que o Expresso apurou, o anúncio (ou desejo) de Costa Silva foi visto no executivo como um apelo desgarrado que vincula o ministro, apenas, e que não é para ser levado à letra, pelo menos para já: o Governo continua a apontar para o programa eleitoral, que faz a descida do IRC depender dos investimentos e das boas práticas salariais das empresas. Nada mais.