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Política

Costa foi ao Parlamento admitir falhas “inaceitáveis” de serviço no SNS e segurar a ministra

Oito meses depois, o primeiro-ministro voltou a responder às perguntas dos deputados, no modelo de debate geral que veio substituir os debates quinzenais. Reconhecendo problemas, fez a defesa do SNS, com farpas à direita e um ranger de dentes ao Bloco de Esquerda. Sobre os pedidos de demissão de Marta Temido, uma frase. “Até prova em contrário, só há uma pessoa que escolhe membros do Governo. E neste momento, sou eu.”

Nuno Fox

Falou-se de pobreza, criminalidade, refugiados ucranianos em Setúbal, floresta (passam agora cinco anos sobre os incêndios de Pedrógão Grande), inflação. Mas, tal como se previa, foi a saúde a marcar o tom do debate sobre política geral esta tarde na Assembleia da República. E foi, várias vezes, um tom azedo.

Há oito meses que António Costa não ia ao Parlamento responder aos deputados. Entre uma visita e outra, muito mudou. Se no final do ano passado, Marta Temido era um peso pesado do Governo, esta tarde houve dois pedidos de demissão da ministra, vindos das bancadas de PSD e Chega. Costa agarrou Temido. Aliás, a André Ventura, com quem teria depois um pingue-pongue entre o cómico e o exasperante, o primeiro-ministro nem se deu ao trabalho de responder, uma vez que já o tinha feito a Paulo Mota Pinto. “Até prova em contrário, só há uma pessoa que escolhe membros do Governo. E neste momento, sou eu.”