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Política

Marcelo teme tentações de Costa e baliza a crise

Para o PR, mais do que dinheiro, conta a vontade política. Sem certezas, Marcelo baliza os cenários

AUDIÊNCIAS Rui Rio foi o primeiro a ir a Belém. Dispensado por Marcelo de salvar o OE-2022, admitiu haver 50% de hipóteses de uma crise política. Depois, os Verdes deixaram só críticas, assim como o Bloco e o PCP. As audiências deixaram Marcelo com os dados do jogo. Os próximos dias, até 27 de outubro, data de votação do OE na generalidade, serão de máxima tensão

Só haverá crise se os partidos entenderem que há razões para isso.” Com esta frase, uma das muitas em que se desmultiplicou nos últimos dias com o objetivo de evitar uma crise política, o Presidente da República deixou muito claro o que pensa sobre as razões em jogo no eventual chumbo do próximo Orçamento do Estado.

Mais do que dinheiro — e mesmo sabendo do impacto que teria a aceitação de propostas exigidas pelo PCP e pelo BE —, Marcelo Rebelo de Sousa considera que na hora da verdade contará a vontade política. E não está certo de que António Costa não possa ceder à tentação de arriscar ir a votos. Sobretudo se após sucessivos sinais de cedência aos velhos parceiros da ‘geringonça’, o primeiro-ministro considerar (quem sabe se com a ajuda de sondagens) que arrecadou suficientes argumentos para explicar ao país que fez tudo o que estava ao seu alcance e foi a esquerda à sua esquerda que deitou tudo a perder.