É a primeira entrevista desde que saiu da liderança do CDS: Assunção Cristas, antiga líder do CDS, quebrou o silêncio na Antena1, para dizer que a mensagem da direita não está a passar - e avisar que "convém que a Direita democrática, moderada e social dê corta aos sapatos", mostrando que "há respostas eficazes para ser alternativa à Esquerda".
Mas essas respostas, acrescenta a ex-líder centrista, "têm de ser encontradas, mas num espaço diferente dos radicalismos".
Em mais uma emissão especial de aniversário do programa "Geometria Variável", Assunção Cristas diz que o seu "CDS faz falta", assumindo que "este pode ser um momento mais difícil, mas do qual pode renascer". Mas não deve renascer apenas pela ligação ao PSD nas autárquicas: "Há uma realidade que continua a funcionar. Vai ser visível nestas eleições (autárquicas) e como pode ajudar à construção de um caminho. [Mas] continuo a achar que os dois partidos (PSD e CDS) têm muito passado e podem vir a ter muito futuro e será melhor se cada um tiver o seu espaço bem construído e a conseguir chegar às pessoas".
Para Assunção Cristas, o que a direita democrática tem de fazer é simples: "Basta ouvir e ler o que o Papa Francisco tem dito para percebermos que há muito caminho a percorrer e estarmos atentos e quem tenha ouvidos para ouvir oiça. Mas a verdade é que essa mensagem por dificuldade do mensageiro ou dos mensageiros, não está a passar. E eu acho que é pena porque não há outros que o possam fazer no nosso espaço político partidário".