Hungria e Polónia não só não recuam no bloqueio ao pacote de recuperação, como uniram agora formalmente esforços para enfrentar os restantes países europeus. Da reunião desta quinta-feira em Budapeste, sai um pacto no qual o primeiro-ministro húngaro promete "não aceitar qualquer proposta que seja inaceitável" para o colega polaco e vice-versa.
Viktor Orbán e Mateusz Morawiecki exigem "alterações significativas" ao mecanismo que liga a utilização dos fundos europeus ao cumprimento do Estado de Direito, reafirmando que ou se põe fim a essa condicionalidade ou então não aprovam o próximo orçamento plurianual e o novo Fundo de recuperação.
O impasse na aprovação do pacote que vale 1,8 biliões de euros mantém-se sem solução à vista. A declaração que sai de Budapeste é um "não" redondo aos que têm apelado para que Hungria e Polónia reconsiderem o veto. Ainda esta quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia e o Parlamento Europeu reforçavam esse pedido, lembrando que o desbloqueio das verbas é do interesse de polacos e húngaros, que têm a receber milhares de milhões de euros.