Os números vão saindo aos poucos: 200 milhões para o IVA, 200 milhões para o IRS, 700 milhões de medidas de apoios extraordinários (pedidos pela esquerda) para fazer face à crise já conhecida. Mil milhões a mais em investimento público ou três mil milhões de poupanças em juros da dívida desde 2015. Na primeira apresentação de um Orçamento do Estado desenhado de raiz por João Leão, o ministro das Finanças passou mais de duas horas a explicar que esta sua proposta se afasta da resposta austeritária de Passos Coelho, mas também que não pode ser comparada à resposta à crise de 2008 de José Sócrates. Um ser híbrido "muito bom para os portugueses" (repetiu pelo menos sete vezes) que não tem inscrito nem um euro para o Novo Banco (resposta ao BE), mas também não diz qual a margem que tem de carta branca (o seu ás de ouros), para medidas de resposta à pandemia para além do que está inscrito no OE.
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Nem Passos nem Sócrates. Os oito mandamentos de Leão e um ás de trunfo (licença para gastar)
O ministro das Finanças promete que o Orçamento não é "austeritário", mas que é "responsável". João Leão apresentou o seu primeiro Orçamento com medidas "criativas" nos impostos e investimento público "muito relevante" a que se soma uma carta branca de valor não calculado