Política

César critica Medina: Autarcas não podem ser "sindicatos de opinião"

O presidente do PS não gostou de ouvir as críticas do presidente da Câmara de Lisboa e pediu-lhe contenção.

Fernando Medina fez uma crítica contundente no início desta semana às autoridades locais de saúde na gestão da pandemia e o presidente do PS não gostou. Carlos César, no seu espaço habitual de comentário na TSF, apontou a mira ao presidente da Câmara de Lisboa dizendo que estes "não são uma espécie de sindicatos de opinião".

O presidente socialista admitiu que é preciso assegurar um maior grau de eficiência e prontidão das autoridades de saúde que estão no terreno, mas censurou o tempo e o modo da critica de Fernando Medida. Os autarcas, dizem, não devem "agir como se fossem apenas vigilantes". E reforçou. Lembrando que as autoridades no terreno devem coordenar-se com as câmaras, frisou que "as autarquias não são entes à parte" e têm "responsabilidades no terreno e na ação", ou seja, "são também sujeitos ativos neste processo".

Palavras de Carlos César que é o segundo socialista a falar sobre as críticas de Medina. O outro socialista a falar tinha sido o primeiro-ministro que, em declarações em Elvas, disse que no Governo estão "bem conscientes" do problema na região de Lisboa e Vale do Tejo e que entende "a frustração dos autarcas", mas também nota que estes têm vontade de trabalhar com o Governo.

Perante as interpretações que foram sendo dadas às suas palavras, Fernando Medina deu esta quarta-feira uma entrevista ao podcast do PS, "Política com Palavra", em que clarificou que as suas críticas se ficavam "específica e circunscritamente" pelos patamares de baixo da hierarquia das autoridades de saúde, ou seja, pelas entidades locais e regionais, poupando assim a ministra da Saúde, Marta Temido.