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Partidos fazem avisos e críticas sobre Festa do Avante! CDS pressiona Governo

Comunistas prometem lidar com o Avante! com "criatividade", Governo recusa proibir o evento mas lembra recomendações da Saúde. Partidos oscilam entre as cautelas e as críticas diretas: "Os partidos não devem apresentar-se constantemente como exceção"

Ana Baião

A pergunta surgiu com a proibição dos festivais de verão e eventos “de natureza análoga”: deve a Festa do Avante!, o maior evento do calendário anual do PCP, ser cancelada? Para os comunistas, a comparação não faz sentido: o Avante!, lembram, não se resume a um simples festival de música, mas antes a uma “grande realização político-cultural” que não se pode colocar no mesmo saco de eventos - já cancelados - como o NOS Alive ou o Paredes de Coura. E, por isso, prometem ser “criativos” ao lidar com as restrições impostas pela pandemia.

Dias depois de António Costa ter recusado impedir a realização da festa que simboliza a rentrée do PCP - “a atividade política não está proibida” - mas frisando que será preciso cumprir as recomendações da DGS, os partidos começam também a tomar posição sobre a polémica que pôs os comunistas no olho do furacão. Nenhum apoia de caras a realização da festa, mas há posições mais cautelosas, que apontam para o respeito pelas normas que a “ciência recomenda”, e outras de crítica pura e dura, incluindo uma ironia sobre a suposta “imunidade de grupo” do PCP.