É uma ideia “simbólica”, mas que seria “moralizadora” da função política: Francisco Rodrigues dos Santos entende que os ministros e o primeiro-ministro deviam ceder uma parte dos seus vencimentos para, por exemplo, compra de material médico.
Em entrevista ao Expresso, que será publicada na íntegra este sábado, o líder do CDS aponta críticas à resposta económica do Governo e defende novo mecanismo para saldar dívidas do Estado a fornecedores.
O Governo tem falhado na ajuda às empresas?
Atuou por reação. O CDS sempre defendeu que o lay-off devia ser estendido a todos os sócio-gerentes; o Governo só o vai fazer agora. Devia ter criado, como o CDS propôs, um cheque-emergência no valor de 15 mil euros para todas as pequenas empresas, mas não o fez e agora vem propor um apoio na ordem dos 5 mil euros. O CDS há muito vem alertado para a discriminação a que estão sujeitos os profissionais liberais; o Governo não atuou, mas já considera que a Segurança Social pode vir a apoiar esses mesmos trabalhadores.