Política

Chega anuncia voto contra: “Este Orçamento é irrealista”

André Ventura justifica o voto contra o OE2020, uma vez que o Governo “não acautelou as exigências” do Chega como o subsídio de risco para as forças de segurança, o subsídio de alojamento para professores e a revisão e o descongelamento das carreiras para os profissionais de saúde

d.r.

O Chega vai votar contra o Orçamento do Estado para 2020. Não é uma surpresa, mas o anúncio oficial foi feito esta quarta-feira pelo líder André Ventura, que considera o documento “irrealista” e “solitário” nas previsões económicas.

“Este OE é irrealista e pressupõe taxas de crescimento irreais”, declarou André Ventura em conferência de imprensa no Parlamento, sublinhando ainda que as exigências do partido “não foram acauteladas”.

Entre as linhas vermelhas do partido encontrava-se o subsídio de risco para as forças de segurança, o subsídio de alojamento para professores e a revisão e o descongelamento das carreiras para os profissionais de saúde. Pontos que voltarão a ser levados pelo Chega no debate do OE2020 na especialidade.

André Ventura acusa ainda o Orçamento do Estado para este ano de prever a “maior percentagem de sempre em carga fiscal”. “O Governo não pode dar com uma mão e retirar com a outra através de impostos indiretos”, sustentou, lamentando ainda que o documento não inclua um plano sustentável contra a corrupção.

“É o OE mais palavroso da última década e travestido do programa do Governo. Quem aprovar este Orçamento será cúmplice daquela que será provavelmente uma das mais graves e intensas crises financeiras que se aproximam da Europa”, concluiu.