Uma semana depois do INE ter confirmado que em 2018 Portugal registou o défice mais baixo da democracia, e num ano em que o valor previsto é próximo do zero, Rui Rio voltou a defender a "obrigação" do país "ter contas superavitárias desde que o crescimento económico o permita".
"Quando temos taxas de crescimento razoavelmente aceitáveis, temos obrigação de ter superavit", defendeu o líder social-democrata, durante a apresentação do livro "A Reforma das Finanças Públicas em Portugal", de Joaquim Miranda Sarmento, professor de economia que é o porta-voz para a área das finanças no Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD.
Numa intervenção em que, segundo reconheceu o próprio Rio, "não disse nada de novo", o presidente do PSD alinhou com a tese de Joaquim Sarmento de que a defesa de um equilíbrio orçamental permanente não deve ser objeto de disputa partidária - mas nada disse sobre as propostas concretas com que o economista pretende alcançar esse objetivo (aumentando a arrecadação fiscal e cortando a despesa pública). Sobre as propostas polémicas feitas pelo porta-voz do CEN, Rio limitou-se a dar os parabéns e a agradecer.
Na defesa do superavit orçamental, Rio reiterou que tal deve ser assim, não por imposição de Bruxelas, mas "porque é assim". "Nós próprios devemos exigir isso aos outros."