Martinho Dias perdeu a conta ao número de anos em que foi escravo da droga. Por volta dos 20 injetou pela primeira vez heroína e cocaína e, em muito pouco tempo, as duas substâncias passaram a tomar conta dos seus dias. Aos 30 juntou-lhes metanfetaminas e tudo o que ainda restava da sua vida ruiu. Perdeu o controlo dos seus comportamentos, o fio do tempo e a noção da realidade. “Os consumos eram a minha prioridade para tudo". Nada mais existia ou importava.